Onde deixar o lixo que é perigoso para o ambiente em que vivemos

Onde deixar o lixo que é perigoso para o ambiente em que vivemos

Baterias, lâmpadas, pilhas, eletrônicos de maneira geral…. para onde vão todas essas bugigangas? Sabemos que são altamente poluentes, e até mesmo perigosas, se abandonadas no ambiente. Em Pedro Leopoldo, já houve várias iniciativas de destinação correta para esse tipo de material. No passado, eletrônicos podiam ser deixados em uma caçamba no My Shopping e pilhas entregues na padaria Jaques, o que hoje não acontece mais.

São poucos os comércios que recebem esses produtos na cidade, mesmo que haja uma legislação de logística reversa – aquela que opera o retorno de materiais já utilizados para o processo produtivo, pela qual se busca reaproveitar materiais ou realizar o seu descarte de forma apropriada para preservar o meio ambiente. Ou seja, a lei obriga quem vende uma lâmpada nova a aceitar a usada…. mas a realidade é outra.

Segundo dados do setor de limpeza pública, já em 2012 – e nada indica que essa situação tenha mudado nos últimos anos – cerca de 40% dos resíduos sólidos urbanos produzidos pela população brasileira deixaram de ser coletados e, por consequência, tiveram destino impróprio. Em outras palavras, quase 24 milhões de toneladas de lixo – o equivalente a 168 estádios do Maracanã lotados – foram descartados naquele ano de forma incorreta em lixões ou aterros controlados, locais desprovidos do conjunto de sistemas necessários para a proteção do meio ambiente e da saúde pública. Entre estes resíduos, estão os que, mais do que todos, precisam de destinação especial.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos determina que todas as empresas têm responsabilidade pelos seus resíduos até a destinação ou disposição final. E quais delas deverão elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos, que defina como deve ser realizada a destinação desses materiais. No entanto, a lei tem que ser regulamentada nas cidades e, em lugares como Pedro Leopoldo, dificilmente a loja em que você compra uma lâmpada nova, vai aceitar de volta a que queimou.

Num mundo ideal, que cumprisse a lei, o sistema de logística reversa deveria estar implantado afim de lidar com os seguintes produtos: pneus; pilhas e baterias; embalagens e resíduos de agrotóxicos; lâmpadas fluorescentes, de mercúrio e vapor de sódio; óleos lubrificantes automotivos; peças e equipamentos eletrônicos e de informática e eletrodomésticos.

A destinação correta desses resíduos faz parte da conscientização para a educação ambiental e seus benefícios, mitigando impactos causados por descartes incorretos, melhorando a qualidade de vida e contribuindo efetivamente para um balanço ambiental positivo. Ao  possibilitar a reutilização de matérias-primas, este é um passo concreto no caminho para o desenvolvimento sustentável do planeta.

O projeto PL Sustentável, promovido pelo site AQUI PL, fez uma pesquisa e levantou os nomes de algumas empresas e pessoas que recolhem esse tipo de produto e/ou afirmam promover destinação adequada. Se você já está com muita pilha e lâmpada guardadas em casa, ou tem um eletrônico que não usa mais e está ocupando espaço, tente encaminhar tais “lixos” para:

José do Carmo – Recebe óleo usado, baterias de nobreaks, moto e carro. Também recicla placas eletrônicas e computador que não serve mais. Contato: 9-96992012 (rua Constantino Marinho Batista, 165, Lagoa de Santo Antônio)

Bianca Alves

Criadora e editora do projeto AQUI PL, é formada em Comunicação Social pela UFMG e trabalhou em publicações como os jornais O Tempo, Pampulha, O Globo; revistas Isto é, Fato Relevante, Sebrae, Mercado Comum e site Os Novos Inconfidentes

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