O artista plástico Márcio Barbosa cria com vigor em plena quarentena. Nesta obra, que ele chamou de “A mais de sete chaves”, o estar trancado vai além do confinamento e trata de limites autoimpostos.
Afinal de contas, ao reduzir nossos contatos sociais, estamos diante de nós mesmos, nos encontrando com o que somos de bom e de ruim. Podemos ver que estamos presos a coisas absolutamente sem importância: compromissos, horários e ideias que pouco contribuem para um mundo melhor.
É quando surge uma consciência que nos toma à força, nesses tempos em que perdemos a liberdade de nos aprisionar. Mas este pode ser o primeiro passo para a liberdade que perseguimos ao longo da vida. “Que esta quarentena nos leve a pensar em romper outras prisões voluntárias e involuntárias”, espera Márcio. “Viver talvez seja isso, um abrir e fechar de portas para fora de nós mesmos”, completa.