Empresa boa é a que tem responsabilidade social e ambiental

Empresa boa é a que tem responsabilidade social e ambiental

(foto Pixabay)

Como eu vejo o meio ambiente? Quais são as minhas preocupações? Primeiro ponto: eu tenho negócios com vários parceiros, entre empresas locais, nacionais e internacionais. Meio ambiente, no primeiro mundo, é pauta política e econômica séria e, mais do que isso, obrigatória.

Em vários negócios do nosso grupo, a legislação ambiental é condicionante básica, que tem que ser obedecida. Um exemplo é a abertura de loteamentos, para a qual a gente tem que ter uma relação salutar com os órgãos ambientais.
No meu entender, porém, respeitar o meio ambiente não é só uma obrigação legal.

Hoje, o caminho para as administrações, sejam elas públicas ou privadas, passa por uma preocupação real com a sustentabilidade ambiental.  Produzir sim, mas gerando o mínimo de resíduos possível. Não podemos abrir mão de produzir hoje, gerar empregos e renda, mas temos que pensar no futuro e no mundo que deixaremos para os nossos filhos.

Quando a gente olha as empresas de sucesso, a gente vê que todas elas apresentam duas características bem definidas: responsabilidade social e responsabilidade ambiental. Elas estão na missão da empresa e estão diretamente ligadas a uma boa performance no mercado. O compromisso com a sustentabilidade há muito deixou de ser da boca pra fora ou apenas um discurso bonito em favor da natureza.

Primeiro, porque a legislação é rigorosa e os órgãos ambientais estão atentos a qualquer transgressão, a qualquer impacto gerado em atividades de geração de riqueza. Ao seu lado, o poder público tem como parceiro a sociedade, cada dia mais atenta a uma boa governança ambiental. Nesse contexto, a grande saída para municípios como o nosso é investir em negócios não-poluentes, de baixo ou nenhum impacto ambiental.

Temos que trazer para cá, por exemplo, empresas de tecnologia. Junto ao vereador Matheus Utsch, participei de uma reunião com um investidor que pensava em instalar um porto digital em Pedro Leopoldo, na qual pude apresentá-lo à prefeita Eloísa e à vice-prefeita Ana Paula. Não sei se os desdobramentos serão positivos, mas este é um exemplo de oportunidade interessante, já que é o tipo de indústria que traz empregos de qualidade e gera muito pouco resíduo.

Basicamente, a cidade tem que se preparar para receber tais empreendimentos. Para isso, tem que criar as condições que tornem a cidade mais competitiva, seja em termos tributários, de infraestrutura, logística ou estrutura de serviços. O município tem que oferecer um pacote de compromissos, em que ele se compromete a evoluir em termos de infraestrutura, em especial telecomunicações, já que as empresas desta área têm grande preocupação com a banda larga, por exemplo. Há outros filões. Há empresas inclusive de energia sustentável procurando nossa região.

De qualquer maneira, o caminho é esse: a empresa vai além do produto que ela faz. Elas percebem o ambiente em que estão inseridas e os impactos sociais e ambientais que elas geram. Não poderia ser de outra maneira. Tudo está conectado e, se uma empresa comete algum desvio ambiental, ele irá repercutir junto a clientes no mundo inteiro. Hoje, o consumidor prefere e escolhe o produto ambientalmente correto, sustentável, e rejeita a atividade que desmata, que polui rios e ar, que gasta desnecessariamente recursos naturais.

O mundo hoje é mais exigente, mais preocupado com o que virá depois da gente. E nós também temos que pensar assim.

Emiliano Braga

Emiliano Braga é empresário, pai, filho, esposo. Administrador de empresas nos ramos de manutenção, comércio exterior, empreendimentos imobiliários, investimentos e agronegócios

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