Mães são todas iguais, só mudam de endereço. E muitas delas moram em Pedro Leopoldo, inspirando seus filhos a serem cidadãos que amam a nossa terra e, como tal, a lutarem para que ela seja melhor para todos que aqui vivem.
Todas escreveram uma bela história em suas famílias, que são aqui registradas e revividas por filhos amorosos e agradecidos. Vamos conhecê-las.
MINHA MÃE É A MULHER MARAVILHA
Carol Malaquias
Falar da minha mãe é fácil!
Cresci com ela dizendo: “sempre quis ser mãe, desde pequena…”
E ela exerceu lindamente esse querer nas mínimas coisas: nas idas ao clube, no incentivo diário com a escola, nas festinhas que fazia para meus amiguinhos na nossa casa, nas comidas gostosas, roupas de tricô, prestigiando os eventos musicais que tocava no teclado, celebrando aniversários e conquistas mas principalmente criando uma relação de amizade, cumplicidade, educação e amor ao longo destes anos. Hoje admiro-a ainda mais porque consigo enxergá-la como mulher, não só como minha mãe. Ela tem o poder de se reinventar, de dar a volta por cima, de ver o lado bom das coisas, de tentar ser alguém melhor sempre, de ser luz para as pessoas à sua volta… É incrível como ela cuida de todos, do jeitinho dela. E desta forma, segue me ensinando demais sobre a vida, valores, espiritualidade, fé, família e principalmente sobre amor incondicional. Tê-la como minha melhor amiga é um presente e um privilégio. Poder falar abertamente sobre tudo e ver como ela valoriza minha força e a mulher que me tornei, não tem preço. Somos parceiras, mãe e filha, amigas, mulheres que se admiram. E ela segue com aqueles mimos de mãe diariamente: mandando óleos essenciais pra mim, costurando minhas roupas, indo a todos os mil eventos musicais (até hoje, tadinha) me prestigiar e incentivar, fazendo umas comidinhas que gosto quando vou almoçar lá, cuidando do meu cabelo, me mandando “te amo” todos os dias nas mensagens de boa noite, sendo colo, carinho, cuidado e meu porto seguro. Esses exemplos são só para explicar que dentre as várias “linguagens do amor” ela usa um pouco de cada para lembrar diariamente a mim e a meus irmãos que sua missão ou desejo de ser mãe é latente mesmo 39 anos depois, que somos presentes e iluminamos a vida dela, neste mundo ou no plano espiritual…
Como eu disse, é fácil falar sobre minha mãe, mas ao mesmo tempo é incrivelmente difícil colocar em palavras todo amor, admiração e sorte que nós temos por poder chamar essa Mulher Maravilha de “mãe”.
Te amo infinitamente, mãe! Para todo sempre!
MINHA VIDA, MEU EXEMPLO
Michele Salvador
Celebrar o dia das mães com a senhora, é o melhor presente, mãe.
Minha musa inspiradora, minha base e sustentação, meu colo, minha defesa, minha vida, meu exemplo.
Somos frutos de seu amor e de sua dedicação.
Eu te amo nessa e em todas as vidas.
Obrigada por ser você.
PACIÊNCIA, AMOR E DEDICAÇÃO
Denise Rafael
Uma Mulher de Luz e Alegria
Ela é sinônimo de vitalidade: professora dedicada, mãe amorosa, uma viajante incansável e estilosa que só vendo. Adora reunir os filhos e netos nos almoços de sábado, numa tradição que não deixou se acabar nem mesmo quando perdeu seu companheiro de vida. Suas malas estão sempre prontas quando surge uma oportunidade: já dormiu em aeroporto, conheceu a neve, cantou parabéns para o Roberto Carlos na sua terra natal e adora uma boa temporada em Guarapari com os irmãos. Mas seu maior feito são as amizades que cultivou em sua vida de professora, desde a primeira turminha para os quais lecionou na Escola São José até os queridos alunos da José Pedro Filho, escola que dirigiu por muitos anos . Estes, quando a veem, fazem questão de mostrar o quanto estão bem, que se tornaram os adultos que ela, pacientemente, ajudou a moldar. Sua essência? Uma combinação de paciência, amor e dedicação ao que faz. Esta é a minha mãe.
AUSÊNCIA DE PORTA ABERTA
Eloisa Helena
Ela não está conosco há 13 anos…
Retornou à casa do Pai…
No entanto, é uma ausência de porta aberta, por onde passa saudade cheia de afeto, do seu carinho, suas lições, sua dedicação.
Nosso abraço foi interrompido, mas em algum lugar etéreo nossas almas se tocam.
Feliz por ter tido essa mãe.
Feliz dia e vida para todas as mães, do céu e da terra!
A SUA BENÇÃO, MÃEZINHA
Daniel Francisco da Silva
Neste Dia das Mães, gostaria de parabenizar todas as mamães na pessoa de Raymunda Maria da Silva. No último dia 21 de abril, foi o aniversário da matriarca de nossa família. E não foram comemoradas poucas primaveras, mas 90. Viva Mundica!!! Dica, Vovó Mundica, Bisa Dica, mamãe, mulher, jovem sonhadora, criança trabalhadora rural em Sobrado, Vespasiano, Antiga Santa Luzia, Província das Minas Gerais. Filha de Corina Hygina da Conceição (nome de filha, irmã da família Porto) e de José Veríssimo (nome suntuoso e de origem ainda envolto em sobras da memória). Festejamos, com direito a risos, choros, dores da alma e do corpo. Ah! Um corpo de mulher de 90 anos que gerou cinco (5) filhas – Katya, Brenda, Jaqueline, Gema e Grace – e quatro 4 filhos – Cléber, Saulo, Daniel (eu), e William. Cada um destes ao menos deu-lhe uma neta ou neto (Breno, Aimée, Felipe, Paola, Camila e Lucas; Ana Laura, Saimon, Saike, Ana Júlia, Sophia e Alícia). Destes vieram bisnetas e bisnetos: Manuela, Giovana, Manuela, Benício. A festa foi ao gosto dela: na casa dela, com fartura, alegre e em paz.
Dia destes, num final de semana, acordei e, ao invés de caminhar, fui ler uma mulher (Spivak, G.C. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010). Fui chamado a por ideias soltas e registrar no papel, a falar, sobre esta mulher. Sobre nós os silenciados e sem o “lugar de fala”. Quem fará a escrevivência de Raymunda de Sobrado? Quem contará sua história?
Sim, ela é uma mulher humilde do interior mineiro que tem muito a dizer, mesmo na longa rotina de 90 anos de uma vida singela e bela. Mundica, Dica, sempre educou pelo exemplo e nunca foi dada a grande verborragia – característica ocupada lá em casa pelo griô chamado Zé Félix, Sambista, José Francisco, meu pai. Ela era dos segredos passados num catar de piolho, numa comida quente e saborosa a tempo e hora (eu pequeno chorava pedindo presa e carinho), num chá, numa quitanda, em um empadão de massa podre ou empadinha. Ensinamentos que aprendeu de sua alma gêmea e mãe Corina. Mamãe se orgulha de vovó nunca tê-la deixado ir embora, como Tia Maria foi ao Rio de Janeiro, e sempre viveram juntas. Em vida até a morte da vovó e até hoje em sonhos de minha mamãe. Aprendiz que era dos ensinamentos da natureza, quase uma espinosana, foi educadora e professora nos gestos e em poucas e cortantes palavras. Lembro-me de sua mão sobre a minha a treinar o alfabeto no caderno de caligrafia. Relembrado este gesto agora no uso do mesmo suporte educacional para estudar o grego. No caderno de caligrafia vou rabiscando alpha, beta, gamma até o ômega. As meninas lá de casa vivem o misto de buscar ouvir e correr antes da fala ferina, precisa, cortante, afiada, oracular de Mundica. Quantas vezes não ouvi uma filha dizendo: “Mamãe não pode abrir a boca!” Parece praga? Praga, não. Aviso da sabedoria criança que plantava desde cedo na roça. Plantava amendoim, com paga em salário adiantado de comida para barriga vazia. Quem planta, colhe! Só se colhe o que se plantou! Mede-se a água com o fubá! Barriga não dói só uma vez! Pega, mas volta pro lugar! O que quero é Paz(e)! O bonito é família com união….
Mãe, desejo-lhe um Feliz Dia das Mães – extensivo a todas as mães pedroleopoldenses! A sua benção, mãezinha!!!!
Falar da minha mãe nunca é simples, porque ela é muitas em uma só. É força, sabedoria, honestidade e amor. Esposa, mãe de quatro filhos, irmã, filha e amiga. Inspiração dentro e fora de casa.
Guardo com carinho lembranças de cantar com ela na infância, ouvir Oswaldo Montenegro, viajar juntos, sentir o conforto do seu cheiro e ouvir suas risadas que iluminam qualquer lugar. E hoje, sigo contando com sua presença fiel e amorosa nos meus projetos artísticos.
Muito antes de eu entender que era um artista, ela já sabia. E mesmo mantendo meus pés no chão, nunca me impediu de seguir o meu caminho. Quando eu duvidei, ela acreditou por nós dois.
Se um dia eu for um pouquinho do que ela representa pra mim, vou saber que cheguei lá.
Te amo daqui até o infinito.