Tudo que podemos ver, depois que tudo isso passar

Tudo que podemos ver, depois que tudo isso passar

Lagoa do Sumidouro (Foto Johnson Kennedy)

O mirante mais frequentado nos últimos dias tem sido a janela, a sacada ou a varanda de nossos lares.

Há um outro mirante à sua frente também. É apenas a tela de sua TV ou do celular  que, embora virtualmente, tornou-se a única opção para viajar.

Mas, ” vem cá”, para onde você iria, quando isso for possível, sensato, mais tranquilo e seguro? Afinal, enquanto submete-se ao desafio de ficar em casa, você pode sonhar. Há quanto tempo não o fazemos…

Você deve ter imaginado cada lugar incrível para ir, não é mesmo? Ah, já viajou o mundo, em pensamento, que eu sei.

Agora, chegue mais pertinho e escute, um pequeno e colorido pássaro acaba de trazer uma esperançosa notícia em seu belo canto:

Esse dia vai voltar e, em breve, vamos poder viver em conjunto, fazer aqueles encontros, aquela reunião, aqueles passeios bem juntinhos como gostamos.

Falando em ficar perto, o passarinho também me disse que poderemos ir a lugares mais próximos, acessíveis a todos e muito bonitos também. Um caminho que começa por nossa casa.

É isso, podemos começar devagar, quando for possível sair, por aí, com nossa família e amigos, para conhecer nossa cidade. Por que não?

Porque sim! Eu, por exemplo, pretendo começar pelo meu bairro. Andar pelas ruas, cumprimentar as pessoas, analisar tudo ao meu redor. Depois de passar por essa experiência de evitar sair de casa, você se vê em um casulo, cumprindo uma etapa da metamorfose, à espera da liberdade que sempre teve, mas não deu valor ou não soube aproveitar.

(Pensa que sou egoísta? Também quero conhecer o seu bairro; depois, conte-me sobre ele.)

Após uns dias pelo bairro, será a vez de ver ou rever os pontos turísticos de nossa querida Pedro Leopoldo. Acho que conheço muitos deles. E você?

Uma boa ideia, acredito, será sair “turistando” por Pedro Leopoldo. Há tanta riqueza ao nosso redor para apreciarmos, interagirmos, até melhorarmos. Temos um grande patrimônio para zelar.

Imagine, daqui um tempinho, mais livres, podermos sair juntos para passear no Pimentel, lugar onde, em Pedro Leopoldo,  escravos se refugiaram; ficar frente à Cachoeira do Urubu para admirar suas quedas e toda a beleza a seu redor; andar pelas trilhas do Parque Estadual do Sumidouro, visitar a secular Capela Nossa Senhora do Rosário, a Casa Fernão Dias; fitar o Chico Xavier na Praça, andar na casa desse  grande médium, sentar na Praça da Estação, ouvir,  num instante, o apito da locomotiva, sentindo a magia do passado, presente na velocidade do trem…

E que tal ver o que aconteceu com o meio ambiente, nesses tempos em que o deixamos em paz? Os sinais de recuperação já estão na bela Lagoa de Fidalgo, onde já se pode ver, além das árvores, o céu com suas nuvens refletidas na água que aos poucos vem chegando, para contentamento de toda uma Natureza em constantes mudanças.

Será fantástico sair do casulo e passear por aqui. Aqui em PL…  Voa, borboleta!

 

 

Eliane Matilde

Eliane Matilde é mulher, mãe e professora mas, fundamentalmente, uma pedro-leopoldense que luta por sua cidade

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