A história de Pedro Leopoldo que contamos na Internet – capítulo 6: década de 70

A história de Pedro Leopoldo que contamos na Internet – capítulo 6: década de 70

Vista parcial de Pedro Leopoldo, na década de 70 (família Kuchenbecker)

Até a década de 60, Belo Horizonte ainda era longe. E a maioria dos pedro-leopoldenses, segundo o historiador Marcos Lobato, estudava, trabalhava, se divertia, criava sua família e morria em PL. A situação começou a mudar, drasticamente, na década de 1970. A chegada da segunda cimenteira, a Ciminas, provocou transformação brutal na malha urbana, bem como estimulou o incremento do fluxo de trocas com a Capital. Ainda segundo Lobato, duas obras levadas adiante pelo Governo do Estado colocaram PL no âmbito das chamadas áreas de expansão metropolitana. A Via Norte, como foi chamada a MG-424 concretada – e o Aeroporto Internacional de Confins submeteram o município a forças de estruturação externa que tencionam, ainda hoje e daqui por diante, a ordem local. Não à toa, tal infraestrutura catalisa os projetos de desenvolvimento do hoje chamado vetor norte.

Ônibus da empresa Zezé

Mas, em 1970, a proximidade de BH, que era até então somente geográfica, torna-se real. A população de PL entrou em contato diário com a capital, usando intensamente os ônibus da empresa Zezé para trabalhar e estudar na metrópole. Com isso, vieram novos hábitos e costumes, próprios da cidade grande, que encheram de sonhos e vontades os corações e mentes dos pedro-leopoldenses. Muitos deles deixaram a cidade em busca de novas oportunidades, inclusive no exterior. Não foram poucos os filhos da terra que partiram em busca do chamado “sonho americano” e migraram para os Estados Unidos.

Futebol e carnaval

Time dos tigres em julho de 1974: Imbé, Sebastião Costa, Roberto Pietra, Rubinho, Iramar Avelar e Evandro Saraiva. Taninho, Murilo, Piruá, Mutum, Andrey e Beto de Mônica

Mas a década começa, literalmente, com aquilo que, diz o costume, o brasileiro mais gosta: futebol e carnaval. No dia 1º de janeiro de 1970, é fundado o Clube dos Tigres, agremiação que teve bastante protagonismo durante a década, tanto com seu time de futebol quanto com a escola de samba: a Unidos dos Tigres. Foram comuns esses clubes em Pedro Leopoldo, criando rivalidades históricas.

Em jogo dos Tigres com o Savas saíam faíscas para todos os lados, era um verdadeiro clássico local, como também os que reuniam outros times como o Pedro Leopoldo, Lundense, Fazenda Modelo, Tequila, Industrial, Cauê, Aliança, Terrestre, etc. Equipes que faziam o dia a dia da Liga Municipal ser marcado por grandes batalhas entre as agremiações locais, todas com torcidas altamente organizadas.

Pedro Leopoldo era uma mina de bons jogadores, na qual os times da capital se abasteciam. Alguns ganharam fama em todo o estado e até no país, caso de Pelau e Dirceu Lopes no Cruzeiro, Campos e Marcelo no Atlético. Dirceu, por exemplo, foi eleito o melhor jogador do Campeonato Brasileiro de 1971, por sinal vencido pelo Atlético. O craque também fez parte do lendário escrete brasileiro que venceu a Copa e foi tricampeão mundial naquele emblemático ano de 1970.

Dados não confirmados apontam para mais de 50 atletas dos campos pedro-leopoldenses jogando em times profissionais – o que não era pouca coisa para uma cidade com cerca de 30 mil habitantes. Recorde semelhante só na quantidade de ministros do Tribunal Superior do Trabalho, já que Pedro Leopoldo teve dois: José Luciano Castilho e Carlos Alberto Reis de Paula.

Paulinho da Farmácia recebe, pelos Tigres, o troféu da vitória no carnaval de 1978. Quem entrega a honraria é o mestre de cerimônias de vários carnavais, Nicolau Neto (foto Marcos Antunes)

O carnaval de rua teve seus primeiros grandes momentos na década de 70. Blocos do Sono, Vovô Levi, Amolados e Apaixonados, da Cauê, Revelação, começam a sair às ruas nos dias de carnaval, além de escolas de Samba como a dos Tigres, Magalhães, Catimbeiros, etc. Foi um período em que o carnaval não acabava na sexta-feira, com o enterro do Boi da Manta. Pelo contrário, os desfiles de rua mantinham as famílias na cidade até a terça-feira gorda – e os jovens caprichavam nas fantasias e na decoração dos carros.

O carnaval de rua teve seu ápice na década de 80 e, nos anos 90, acabou. Quando prefeito no final da década, Ademir Gonçalves tentou trazê-lo de volta e Tadeu ainda fez um desfile no início dos anos 2000 – quando a escola de samba Cidade Jardim, de Belo Horizonte, se apresentou na rua principal.

Em 19 de abril de 1970, é inaugurado o busto de Getúlio Vargas na praça que leva o seu nome.

Música e talento

No dia 11 de junho de 1970, o hino de Pedro Leopoldo, composto por Osvaldo Gonçalo do Carmo, é gravado pela banda do Corpo de Bombeiros nos estúdios da Bemol em Belo Horizonte e ainda hoje é executado em eventos oficiais. No início dos anos 2000, o hino teve uma gravação da talentosa cantora pedro-leopoldense Luciene Lemos, mas continua merecendo uma nova versão oficial executada por orquestra.

E falando em talento, a década de 70 foi o ápice da banda Fisher que, interpretando clássicos do rock como Beatles, Credence ou Elvis, além de sucessos nacionais como Jorge Ben e Tim Maia, compuseram a trilha musical de uma juventude que, mais próxima da capital, começava a se rebelar contra os costumes e convenções da pequena cidade do interior.

A banda Fisher

Eles começaram a tocar juntos em 66. Foram vários nomes e várias formações que finalmente juntaram Luciano, Marco Antônio, Olívio, Chico e José de Ró, com Marcelo Albano de empresário. Luciano estudava no Imaculada e, num show que fizeram no colégio no final de 69, seu sobrenome acabou dando nome à banda.

Foi o maior sucesso: fizeram bailes por praticamente todas as cidades de Minas Gerais na década que começava.  Em 1974, como toda banda de rock and roll, queriam ir para um centro maior, quem sabe São Paulo ou Rio de Janeiro. Não foram e acabaram desanimando. De lá para cá, se apresentam esporadicamente para fãs que são eternos e pedem, com fervor, a interpretação pra lá de emocionante de Tributo a Vitor Manga, que seguramente, além da banda Fisher, só Antonio Adolfo e a Brazuca tocaram.

Coral se apresenta no programa “Mineiros frente a frente”

Grandes talentos pedro-leopoldenses, em especial na música, também foram revelados no programa Mineiros Frente a Frente, realizado em 1970 pela TV Itacolomi, que era repetidora da TV Tupi. Comandado por Fernando Sasso, era uma gincana que reunia as várias cidades mineiras.  Cantores, bailarinos, atletas, virtuoses e prodígios diversos da cidade se apresentaram na competição televisiva. Pedro Leopoldo ganhou de Patos de Minas, mas acabou perdendo para Divinópolis, numa semifinal dramática no teatro Francisco Nunes. E todo mundo achou que o resultado tinha sido roubado, é claro.

 

Maçonaria e política

Logo no início de 1973, no dia 6 de janeiro, é fundada a primeira loja maçônica de Pedro Leopoldo, a Paz e Amor VII. Seu primeiro Venerável Mestre foi o ex-ferroviário, comerciante e vereador Juvenil Vicente de Souza. Sua diretoria tinha ainda Orfeu Bittencourt (primeiro vigilante), Itamar de Avelar (segundo vigilante), Luis Carlos Sena Jerônimo (orador), Alberto Diniz (secretário), Arthur Malloy (tesoureiro), Carlos Alberto de Miranda (chanceler) e Waldemar José Ferreira (hospitaleiro).

Membros da maçonaria e suas esposas na inauguração da loja Paz e Amor VII

Posteriormente, a Maçonaria em Pedro Leopoldo teve um terreno doado pelo prefeito Cecé na rua Dirceu Lopes, onde construiu seu atual templo, que foi inaugurado em 21 de abril de 1977, já na administração Hélio Issa.

A década de 70 encontra o país no período mais duro do regime militar. O general-presidente Emílio Medici institui censura prévia a jornais, revistas e livros. Filmes e discos também são apreendidos, se considerados pelo governo subversivos ou atentatórios à moral. Lideranças políticas e sindicais eram cassadas e a repressão era cada vez maior.

Existiam apenas dois partidos, criados pelo governo: a oficial Arena e o MDB, de oposição, o que não animava uma população egressa da UDN, PSD, PTB, PR, entre outros 13 partidos, que haviam sido extinguidos pelo novo regime. Nas eleições de 1970, 60% da população se abstiveram ou anularam o voto. Em Pedro Leopoldo, no entanto, a eleição, como sempre, pegou fogo. Mesmo sendo para um mandato-tampão de dois anos, que tinha como objetivo fazer coincidir as eleições.

Dessa forma, os eleitos em 15 de novembro de 1970 assumiriam no dia 31 de janeiro de 1971 e cumpririam seus mandatos por dois anos, até o dia 31 de janeiro de 1973. Não houve eleição para governador ou prefeitos de capitais – e claro, nem para presidente. Durante todo o regime militar, só houve eleição para prefeitos de cidades menores, vereadores, senadores e deputados.

Havia então o sistema da sublegenda, que permitia a cada um dos dois partidos – a Arena e o MDB – apresentar mais de um candidato nas eleições majoritárias. Ao final, somavam-se os votos dados às sublegendas, e ganhava o candidato mais votado na legenda vencedora. Ou seja, mesmo o candidato do partido da oposição (MDB) obtendo individualmente mais votos,  não conseguiria superar a soma de votos das sublegendas da Arena. Foi justamente o que aconteceu em Pedro Leopoldo e que marcou a primeira tentativa de Angelo Tadeu em ser prefeito da cidade.

O presidente da Câmara Juvenil Vicente de Souza e o secretário Sélio Sena dão posse ao prefeito Renato Carvalho Andrade Pinto, da Arena, eleito para o mandato tampão de 71 a 73

César Julião de Sales, o Cecé, fora eleito pela primeira vez em 1967 e, nas eleições de 1970, apoiou Renato Andrade Pinto, que acabou eleito para o mandato tampão. Foi a primeira vez que Tadeu, vereador eleito em 67, aos 23 anos, tentou a prefeitura. A Arena tinha três sublegendas: a de Renato, a de Caetano e a de Antonio Pereira. Tadeu e Saraiva concorreram nas sublegendas emedebistas. Tadeu teve o dobro de votos de Renato, mas perdeu na soma total das legendas. Segundo testemunhas da época, o resultado causou a maior revolta, com direito a passeata de protesto e briga na rua.

Tadeu tentou novamente em 1972, tendo Luiz Carlos Sena Jerônimo como vice. Perdeu para Cecé. Em 76, tentou de novo. Perdeu para Dr. Hélio, eleito em pleno milagre econômico brasileiro, tempo de dinheiro fácil para as grandes obras que fez, como o Ceppel e o viaduto para a Fazenda Modelo. Tadeu ainda perderia novamente para Cecé em 82. E de novo para Hélio Issa em 88, mesmo que desta vez fosse apoiado por Cecé, uma dobradinha que confundiu os eleitores de ambos.

A diferença foi mínima, coisa de cento e poucos votos. Tadeu dormiu prefeito e acordou derrotado. Tantas frustrações devem ter fortalecido a determinação de Tadeu, que se tornou incansável: tentou nove vezes se eleger prefeito de Pedro Leopoldo. Só veio a ganhar no ano 2000. Perdeu em 2004 e 2008 para Marcelo Gonçalves. Em 2012, impedido de competir, apoiou a mulher Eloísa, que foi eleita, mas não conseguiu a reeleição. Perdeu em 2016 para o jovem Cristiano Marião.

Em 1973, Osmar Costa foi eleito pela primeira vez e iniciou uma longeva carreira política, digna dos recordes do Guinness Book. Ocupou o cargo de vereador por onze mandatos e várias vezes foi presidente da Câmara. Em 2016, disputou mas não conseguiu uma nova reeleição. Ninguém jamais ameaçou o recorde de Osmar. O segundo lugar, Tarcísio Viana, o Tirriu, teve sete mandatos, seguido por Selio Sena e Antonio Mossorongo, com quatro cada um.

Na véspera das eleições de 1974, 14 de novembro, nasce Marcus Marinho, médico ginecologista e obstetra, atualmente vereador pelo MDB. Segue uma tradição que está na política pedro-leopoldense desde seus primórdios, já que o primeiro prefeito eleito da cidade foi um médico, Christiano Otoni, que governou a cidade por doze anos, entre 1935 e 1947. De lá para cá, foram vários os profissionais da área que apostaram na política, como Dr. Ademar Dias, um ortopedista carioca que chegou em Pedro Leopoldo em 1975, para aqui fincar raízes e criar família. Além de ser vereador.

Marcelo Gonçalves e Marcus Marinho

Dr. Hélio Issa, clínico-geral famoso por seus diagnósticos certeiros a partir de anamneses feitas às vezes na rua, foi prefeito duas vezes e vice outras tantas. O ginecologista e obstetra Marcelo Gonçalves foi prefeito também por dois vezes e, até agora, o único deputado estadual da cidade, por três mandatos. Um caminho no qual Marcus Marinho, também ginecologista e obstetra, se espelha e que pretende trilhar: não esconde de ninguém que seu sonho é uma cadeira na Assembleia Legislativa.

Chega a segunda cimenteira

Em 16 de janeiro de 1973, é lançada a pedra fundamental e iniciada a construção da Ciminas, hoje Lafarge-Holcim, a segunda grande cimenteira da cidade. Ela veio vinte anos após a Cauê, consolidando a fabricação de cimento como vocação econômica que se manteve por quase 50 anos. Uma atividade que gerou empregos para duas gerações, além da maior parte dos impostos que financiaram o desenvolvimento da cidade.

A história da Holcim Brasil se inicia no ano de 1951, quando o grupo Holderbank (hoje Holcim) adquire a primeira subsidiária brasileira, a Sacomex (Sociedade Extrativa de Calcário Ltda.). Dois anos depois, em 1953, a companhia adquire a Cimento Ipanema, localizada em Sorocaba, São Paulo, mas as atividades só começaram no ano de 1973. Este é o ano em que o grupo faz pesquisas na região de Pedro Leopoldo.

Segundo Miguel Munhoz, na época gerente de qualidade da fábrica e posteriormente gerente corporativo, havia o projeto de se instalar uma fábrica no sul de São Paulo, mas os resultados das análises químicas feitas no material da região foram positivos e aí decidiu-se vir pra cá. “Elas mostraram que o calcário daqui é de excelente qualidade”, conta Munhoz. O advogado Luiz Carlos Sena Jerônimo foi contratado para fazer a compra das propriedades da fábrica e da mina, que eram do Senhor Juquita.

O advogado Luiz Carlos Sena Jerônimo

Na época, Luiz Carlos tinha 45 anos e trabalhou na empresa por mais 30. Era popular e carismático, homem de muitos amigos e atividades. Era dono, por exemplo, da rádio Cauê, que funcionou até 1975, quando foi vendida para a rádio Grande BH. A rádio tinha um programa líder de audiência, “Ronda Social”, apresentado pelo próprio Luiz Carlos, com quadros famosos como “ A Candinha vai falar”, que falava das pessoas da “sociedade” e tinha uma interação muito grande com a população.

O programa ia ao ar de segunda a sexta às 11:00 da manhã, hora do almoço na cidade e de reunir as famílias em torno da crônica social da cidade. A emissora tinha auditório junto ao estúdio, que ficava na Rua Dr Herbster, no prédio em frente ao cinema. De lá, eram feitos programas ao vivo e show de calouros, além da transmissão de campeonatos de futebol e quadros sobre a vida do homem do campo.

Na inauguração da Ciminas, o prefeito Cecé recebeu o governador Rondon Pacheco

A inauguração propriamente dita da fábrica da Ciminas se deu com pompa e circunstância no dia 5 de março de 1975 e teve a presença do govenador de Minas, Rondon Pacheco, recebido pelo prefeito Cesar Julião de Sales. Era tanta gente importante convidada, que Pedro Leopoldo não tinha um espaço à altura do evento. A festa aconteceu na Casa do Baile, na Pampulha.

O diretor técnico inicial foi Nikolaus Boller, que dirigiu a fábrica de Pedro Leopoldo por quase 30 anos. A Ciminas produzia então 2800 toneladas de clínquer por dia. Com as adições de gesso e escória, chegava a 3 mil toneladas ou 90 mil por mês.  Neste início de atividades, a fábrica tinha cerca de 300 funcionários e oferecia os melhores empregos da cidade.

O arquivo Geraldo Leão

Naquele mesmo ano de 1975, no dia 6 de julho, o Arquivo Geraldo Leão começa a colecionar os registros do reino de Pedro Leopoldo, que o memorialista recolheu ou recebeu em doação das várias famílias da cidade. O primeiro depoimento gravado por Geraldo Leão foi o de José Alves, personagem das nossas ruas conhecido como Zé Godê.

O arquivo acaba de completar 45 anos e tem hoje aproximadamente dez mil fotos, cadastradas e catalogadas, muitas delas mostrando os primeiros momentos da cidade – destaque para a inauguração de todas as indústrias, começando pelo Moinho Campestre. Muitas delas ilustram esta série de reportagens do site AQUI PL sobre a história de Pedro Leopoldo e agora estão na Internet.

O arquivo também guarda vídeos, áudios, gravações, documentos e objetos, principalmente de Chico Xavier. Fitas cassetes são aproximadamente 700, que registram fatos e vários  depoimentos, sejam eles de políticos que visitaram a cidade ou das irmãs Glória e Lígia Belisário, sobre os primeiros anos da cidade de Pedro Leopoldo. Alguns estão em CD ou pendrive. 150 fitas em VHS guardam desfiles de carnaval, festas de igreja, congados, eventos diversos como exposições e lançamentos.

Geraldo Leão em suas coberturas. Com João Antonio

Aos 84 anos, Geraldo Leão diz que seu maior sonho era ter criado o Museu Histórico de Pedro Leopoldo.  O arquivo chegou a ter um espaço no antigo Quadro da Fábrica de Tecidos, que foi criado em 2000 na gestão Ademir Gonçalves e está fechado desde 2012. Há na prefeitura um recurso carimbado para reinstalar o Arquivo – o plano era localizá-lo no prédio da Estação. Com a pandemia de 2020, o projeto parou.

Bancos e um projeto social

Em 6 de agosto de 1976, foram inauguradas as novas instalações da Caixa Econômica Estadual, com a presença de seu presidente, Hélio Garcia, que posteriormente seria prefeito de Belo Horizonte e governador do estado. Em 14 de julho de 1977, é inaugurada a agência do Banco do Brasil em Pedro Leopoldo. O primeiro gerente foi Alfredo Ceolim.

AABB

Cerca de dois meses depois, é lançada a pedra fundamental da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) em Ferreiras, numa área de 25 mil m2. Seu primeiro presidente foi Antonio Leonardo Barbosa. Hoje, o clube é um dos mais bonitos e bem equipados da região e abriga um importante projeto social, o AABB Comunidade, que atende 120 crianças em risco social com atividades de cultura, lazer e esportes. O projeto, criado no ano 2.000, faz vinte anos em 2020.

Fontes: Arquivo Geraldo Leão (fotos), livros Memória Histórica de Pedro Leopoldo (1994/Marcos Lobato Martins), Memória Histórica de Pedro Leopoldo ( 2015/José Issa Filho), acervo revista e jornal AQUI PL, página no Facebook Pedro Leopoldo e sua História; sites sobre política de Minas e prefeitura de Pedro Leopoldo

Bianca Alves

Criadora e editora do projeto AQUI PL, é formada em Comunicação Social pela UFMG e trabalhou em publicações como os jornais O Tempo, Pampulha, O Globo; revistas Isto é, Fato Relevante, Sebrae, Mercado Comum e site Os Novos Inconfidentes

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