Adelino, o pedro-leopoldense que lutou na guerra e foi craque no Cruzeiro

Adelino, o pedro-leopoldense que lutou na guerra e foi craque no Cruzeiro

Natural de Pedro Leopoldo, o lateral e médio direito Adelino chegou ao Cruzeiro em 1943, quando servia o Exército no 12º Batalhão de Infantaria. Em março de 1944, foi convocado para a Segunda Guerra Mundial. Lutou na linha de frente, combatendo tropas nazifascistas na Itália. Foi o único jogador de um clube mineiro presente no conflito. Após retornar ao Brasil, voltou a jogar pela Raposa em setembro de 1945. Recebeu o apelido de “O Pracinha”, como eram conhecidos os combatentes da Força Expedicionária Brasileira.

No final da década de 40, em um momento de crise financeira do clube, Adelino aceitou uma redução salarial e permaneceu no Barro Preto. O lateral trabalhava também em uma fábrica de sapatos para complementar sua renda.

Segundo as estatísticas do clube, é o 13º jogador com mais partidas na história do Cruzeiro (430 jogos). Seu bom desempenho rendeu diversas convocações para a Seleção Mineira. Participou como atleta dos títulos estaduais de 1945 e 1956. Logo após pendurar as chuteiras, em 1959, iniciou a campanha do título daquele ano como técnico e posteriormente passou a ser auxiliar de Niginho. Seguiu por muitos anos como funcionário do clube e em algumas ocasiões assumiu como técnico interino. Foi o responsável por trazer seu conterrâneo, Dirceu Lopes, para o Barro Preto em 1963.

Adelino vivenciou integralmente uma das fases mais difíceis da história do Cruzeiro e foi exemplo de dedicação ao Maior de Minas, o único clube profissional que defendeu em toda a sua carreira, diz o post na página Resistência Azul Popular no Facebook.

Fontes: Superesportes (matéria de Eugênio Moreira), Almanaque do Cruzeiro, Informativo Cruzeiro (entrevista com os pesquisadores Romero Marconi e Fábio Militão), Páginas Heroicas

Redação

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