Filósofo pedro-leopoldense é homenageado por acadêmicos de todo o mundo

Filósofo pedro-leopoldense é homenageado por acadêmicos de todo o mundo

Ivan Domingues, Prof. Bruno Reis (Diretor da Fafich), Prof. André Abath (Chefe do Departamento de Filosofia UFMG) e Carlos Ratton (foto arquivo pessoal)

Ao completar 70 anos, o professor e filósofo Ivan Domingues “ganhou” de colegas e ex-alunos um presente muito especial: um livro em sua homenagem, “Minas e Horizontes do Pensamento – Escritos em homenagem a Ivan Domingues”, que celebra sua trajetória e produção na UFMG, onde ensina desde 1978.

Segundo seus organizadores, a obra resume a empreitada filosófica de Ivan Domingues, na medida em que traduz suas preocupações com o que é pensar (ontologia), o que é conhecer (epistemologia), o que é fazer (técnica, tecnologia) e o que é viver (ética). O acadêmico é de Pedro Leopoldo, filho de Antônio (Sô Nico, que era alfaiate) e Piedade de Souza Domingues, e sobrinho de Albertino da Farmácia e da professora Maria Domingues. Começou a questionar o mundo ainda adolescente, quando se juntou a um grupo de adolescentes e jovens na Jupel, um movimento político- cultural, de inspiração católica, que se formou na cidade no final dos anos 60.

Uma turma que, além de Domingues, tinha em suas fileiras também Georgina Vieira, Renato Hilário, Lucinha Alvim, Silvio Bahia, Bila, William Castilho, Maria Salomé, entre vários outros, inspirados pelo então professor de História e Sociologia no Colégio Imaculada, José Luciano Castilho.

O livro-homenagem ao professor Ivan é uma Festschrift, gênero literário criado no século XX para destacar personalidades de destaque no meio acadêmico. Uma grande honraria que, segundo seu colega de departamento na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG, Carlos Drawin, faz justiça a um incansável lutador em defesa da universidade pública de alta qualidade e pela consolidação do ensino e da pesquisa da filosofia no Brasil. Drawin foi contemporâneo do pessoal da Jupel e na época morava em PL, já que seu pai, Wilfried Drawin, foi engenheiro da Cauê desde a fundação da cimenteira.

No ultimo dia 31/3, quinta-feira, o livro foi lançado presencialmente na Fafich, com a presença da comunidade acadêmica, que também assistiu ao evento pela internet.  A solenidade também marcou a aposentadoria de Ivan Domingues, que irá ocorrer em maio.

Os capítulos do volume são organizados em seis eixos temáticos: conhecimento, tecnologia, ética, história da filosofia, filosofia no Brasil e vida intelectual. Neles, os autores escrevem sobre assuntos que eles pesquisam e que também têm mobilizado o pensamento e a produção de Domingues nas últimas décadas.

Organizada por Jelson Oliveira, Helder Carvalho, Carlos Ratton e Anna Carozzi, e publicada pela Editora Unisinos, a obra teve lançamento virtual em outubro do ano passado. O livro teve a contribuição de 25 colegas da UFMG, de outros estados e de países como Argentina, Estados Unidos, França e Inglaterra.

Graduado e mestre em Filosofia pela UFMG, doutor pela Universidade de Paris I (Panthéon-Sorbonne), Ivan Domingues centra sua atuação acadêmica na filosofia contemporânea, em temas como epistemologia das ciências humanas e sociais, filosofia da técnica, ética e conhecimento, filosofia francesa e filosofia no Brasil. Pesquisador 1A do CNPq, Ivan recebeu o Prêmio Fundep em 2005. Ele preside a Comissão da Memória do Departamento de Filosofia e continuará atuando na pós-graduação, como professor voluntário.

(texto editado a partir de matéria da autora publicada no Diário do Comércio)

 

Bianca Alves

Criadora e editora do projeto AQUI PL, é formada em Comunicação Social pela UFMG e trabalhou em publicações como os jornais O Tempo, Pampulha, O Globo; revistas Isto é, Fato Relevante, Sebrae, Mercado Comum e site Os Novos Inconfidentes

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