Pesquisas comprovam: Pedro Leopoldo ainda é a cidade das bicicletas

Pesquisas comprovam: Pedro Leopoldo ainda é a cidade das bicicletas

A notícia é ótima, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais, mais apertados, desconfio que mais bobos, mais sofridos, porém, a luz que ofusca na saída da caverna de Platão há de aparecer e seremos nós os responsáveis pela abertura do novo mundo.

Que somos a cidade das bicicletas, ninguém tem dúvidas, mas agora temos uma pesquisa acadêmica sobre o assunto que foi testada e validada em programas sérios de pesquisas (PLS e SPSS) em um trabalho do meu mestrado, que utilizo e com muito prazer para a cidade e assim farei em todos os outros, como o próximo, sobre Coleta Seletiva.

No lugar de focarmos no problema do Transporte Público, deveríamos focar na solução, que é a melhoria da mobilidade para sempre, dando autonomia, mobilidade e custo baixo. Vamos às análises porque isto aqui dará uns bons artigos.

Ressalto que apesar dos dados não trazerem proporcionalidade ideal por região para uma pesquisa, uma vez que foi feita pelo Facebook, Instagram e Whatsapp, não se busca um comparativo entre regiões e sim a percepção sobre a mobilidade nas pessoas. Devido ao alto número de respostas, pode-se afirmar que a pesquisa demonstra confiabilidade quanto às respostas se separadas por regiões como veremos em alguns exemplos.

Conheça alguns resultados

Gráfico 1: Sobre a possibilidade de andar mais de bicicleta com ciclovias seguras.

Análise do gráfico 1: Do total da população pesquisada e validada (698 pessoas que moram em PL), 66% andariam mais de bicicletas com ciclovias seguras e 13% provavelmente andariam, ou seja, falamos de um número potencial de 79% da população que se sente motivada a pegar suas bicicletas para utilizarem durante os trajetos pela cidade.

 

Gráfico 2: Excluindo as respostas dos moradores do centro.

Análise do gráfico 2: Excluindo o centro, ou seja, pessoas que precisam utilizar algum tipo de transporte para chegar nos pontos principais (bancos, prefeitura, cartório, etc), aqui foram avaliados somente pessoas que moram nos bairros no entorno do centro (em sua maioria, com grandes morros), Lagoa de Santo Antônio e bairros próximos dele e os bairros distantes.

É possível somar o “Concordo totalmente” com o “Concordo parcialmente” para chegarmos no número de 77% da população fora do centro disposta a utilizar a bicicleta como meio de locomoção com a criação de ciclovias seguras. De fato é um número surpreendente, são 3 a cada 4 pessoas.

 

Gráfico 3: Transporte principal para trabalhar

Análise do gráfico 3: Dentro da realidade da nossa cidade e da pesquisa, 51% das pessoas utilizam o carro ou moto para trabalhar, 12% utilizam o Transporte Coletivo e 38% trabalham de bicicleta, a pé ou em casa.

 

Gráfico 4: Pessoas que utilizam moto e/ou carro dispostas a utilizarem as ciclovias.

Análise do gráfico 4: 73% das pessoas que utilizam carro ou moto para se locomover utilizariam mais bicicletas caso tivéssemos mais ciclovias seguras na cidade e somente 14% não utilizariam mais bicicletas, isto retrata uma imagem clara de sustentabilidade que a cidade não faz questão de avançar já que não temos nenhum investimento em ciclovias.

 

Gráfico 5: Pessoas que utilizam o ônibus como principal meio de transporte e disponibilidade de utilizarem ciclovias com suas bicicletas.

Análise do gráfico 5: De todos, este é o mais importante, a criação de ciclovias impactaria diretamente o tipo de transporte utilizado pelas pessoas pois 84% dos pesquisados que utilizam exclusivamente o Transporte Coletivo estariam dispostas a andar mais de bicicletas se tivéssemos mais ciclovias seguras pela cidade. Este ponto sim, é romper de vez o sistema.

Foco no que temos de bom

Falamos de quebrar um sistema falido, não de lutar contra ele, a mobilidade poluidora e carente de grandes investimentos governamentais ou pessoais está num passado infelizmente presente, parece uma música ruim no som do vizinho que insiste em repetir e aumentar quando nossa cabeça dói, mas a solução está em nossas mãos.

Não adianta falarmos de coletivos, eles foram criados para transporte de massa espremida, é a relação custo x passageiro que muitas vezes nem é paga, nosso foco tem que ser no que já somos bons, as bicicletas que, como comprova a pesquisa, seriam muito utilizadas se tivéssemos algo além dos restos deixados nas ciclovias que resistiram ao tempo de um visionário Dr. Hélio.

Imagem 1 (extraído do Plano de Trânsito de 2015): Este é um recorte muito pequeno do “Plano Imediato de Trânsito” que foi licitado, contratado, PAGO e entregue em dezembro de 2015 por 162 mil reais, está parado em alguma gaveta, pecado com o dinheiro público, até mesmo porque ele tem no nome “Imediato”. Enfim, não precisa entender, é grande e complexo, as autoridades precisam implantar, neste pequeno recorte vemos ciclovia na Principal (que insistem em chamar de Comendador Antônio Alves) e na Avenida Cauê, que para mim só tem este nome mesmo.

 

 

Resumindo, a cidade topa se tornar sustentável, e há laudos técnicos de engenheiros de trânsito atestando que a cidade comporta ciclovias na principal e em todas as ruas da cidade.

Você está preparado para este debate? Caso não, suponho que esteja vivendo em tempos errados, é hora de repensar o futuro e de questionar esta capacidade de enxergar além dos planos de governos copiados do google, precisamos acreditar que podemos ser a melhor cidade do Brasil.

Matheus Utsch

Pequeno empresário e influenciador digital, é vereador em Pedro Leopoldo

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