Mais uma vez, Pedro Leopoldo mostrou o vigor da música que é feita na cidade. A 6ª edição do Festival de Luz de Pedro Leopoldo foi um marco: 28 mil pessoas passaram pelo evento durante os 3 dias desta celebração da cultura, gastronomia e arte organizada pela Fundação Cultural Chico Xavier. Não faltaram elogios às comidas do Circuito Gastronômico, à palestra do médico Andrei Moreira e ao teatro infantil Moana. Foram atividades que agradaram a todas as idades e encheram a Praça da Estação de um público entusiasmado, que acompanhou e aplaudiu cada atração.
Mas o que fez o pessoal vibrar mesmo foi a música. Ressalvadas as simpáticas atrações cover, que acessam lembranças e alegrias, mais uma vez os músicos de Pedro Leopoldo mostraram seu valor. Que não é pouco. A Orquestra Sinfônica Cachoeira Grande e os cantores que seus componentes acompanharam, as bandas MaryJoe e 1dos3 e mesmo o Tenores in Concert (que inclui o pedro-leopoldense Petrônio Duarte) são exemplos de que a cultura musical tem uma cena vibrante e competente na cidade.
São grupos que têm fãs-clubes sólidos, cujos membros se consideram verdadeiramente privilegiados numa oportunidade como o Festival de Luz, que já recebeu em outras edições estrelas como Gleison Túlio e a banda The Souldiers, entre vários outros artistas locais.
Muita gente boa reclama do fato de Pedro Leopoldo privilegiar a música como manifestação cultural a ser apoiada pela iniciativa pública e privada. Mas, fora o esforço pessoal de alguns, há uma razão para que exista tanta gente cantando e tocando (bem) em Pedro Leopoldo. Temos aqui, desde 1912, a Corporação Musical Cachoeira Grande, criada pelos funcionários da fábrica de tecidos. E que, na década de 1960, firmou um convênio com a Prefeitura.
Desde então, qualquer família que tenha um filho com talento para a música pode levá-lo para a pequena casa da rua São Paulo. Ali, ele vai aprender teoria musical e as bases para tocar um instrumento. Tudo de graça. Graças à nossa escola de música, PL revelou virtuoses como Piolho, Claudiomarcus, Adalberto, Carol Malaquias, entre vários outros.
Se a cidade tivesse a mesma estrutura para as várias artes, nós teríamos também muita gente atuando, pintando, dançando, fazendo literatura, escultura, cinema. O caminho, todo mundo já sabe.