PT de PL cobra providências do estado e da prefeitura para a falta d’água

PT de PL cobra providências do estado e da prefeitura para a falta d’água

Camila Rajão e Vânia Beatriz Viana, atual e ex-presidente do PT de Pedro Leopoldo

Entramos no sexto dia de insegurança hídrica em Pedro Leopoldo. O Partido dos Trabalhadores (PT) soltou uma nota pública, se posicionando sobre a situação e cobrando providências do estado e da prefeitura para remediar e atenuar a situação, enquanto o abastecimento não se normaliza.

Hoje, 26/9, a água chega com dificuldade ou não chega de jeito nenhum em bairros como Jardim Soli, Triângulo, Joana Darc, Teotônio Batista de Freitas (Bairro da Lua), Romero de Carvalho, São Geraldo, Portal das Acácias, Dom Camilo e Sonia Romanelli, entre outros.

A Prefeitura de Pedro Leopoldo anunciou que vai entrar com processo contra a Copasa por danos morais coletivos por causa da falta de água no município. Também, segundo o Executivo, será publicado um decreto de estado de emergência para que a prefeitura possa intervir na situação, pois atualmente ela não tem permissão para executar serviços relacionados à companhia.

Escolas da rede municipal e estadual suspenderam as aulas ontem, segunda-feira. A previsão, segundo a Copasa, é de que a normalização do abastecimento ocorra, de forma gradativa, nos próximos dias.

Confira a nota pública do PT

Estamos enfrentando uma situação crítica em Pedro Leopoldo. Nos últimos dias, muitas famílias da cidade têm sofrido com a falta de água. Uma situação alarmante, sobretudo quando
ocorre em meio a uma semana de temperaturas extremas, tornando-se um risco real para a saúde e o bem-estar de todas as pessoas. A responsabilidade por essa crise recai, naturalmente, sobre o poder público.

A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA), que é uma empresa pública vinculada ao governo estadual, presta o serviço de tratamento de água na cidade por meio de um convênio público entre o estado e o município e, por essa razão, deve ser fiscalizada pela prefeitura para garantir a manutenção e qualidade nessa prestação. Além disso, seria esperado dos governos estadual e municipal a apresentação de um plano de contingência para mitigar os efeitos do desabastecimento dos vários bairros da cidade.

A importância desse “plano B” seria preparar ações para amenizar o problema no cenário imediato (como um mapeamento dos locais onde ainda há famílias sem água a fim de orientar o trabalho da COPASA) e no curto prazo (com a cobrança mais incisiva de melhorias na infraestrutura do serviço prestado), bem como evitar que a situação da população ficasse ainda mais delicada. Um aspecto da crise que não pode ser ignorado é a estratégia liberal de sucateamento dos serviços públicos, que está claramente em jogo.

O governo estadual, liderado por Zema, demonstra uma intenção inequívoca de vender a empresa responsável pelo abastecimento de água, priorizando interesses econômicos em detrimento das
necessidades da população. Para isso, adota a tática de reduzir a eficiência da empresa, através de cortes de recursos, orçamentos, investimentos, pessoal e estrutura. Essa redução proposital na qualidade dos serviços públicos é feita com o objetivo de convencer a população de que a solução para os problemas nos serviços públicos seria a privatização.

Uma estratégia que vai na contramão das lições aprendidas por cidades em países desenvolvidos, que privatizaram no passado e viram os serviços caírem em qualidade, os preços subirem e a perda de acesso de pessoas mais pobres ao serviço. Agora, essas cidades estão revertendo esse processo, trazendo de volta o saneamento ao domínio do interesse público. Embora seja evidente a importância de ações imediatas, também precisamos olhar para o futuro. Isso envolve maior debate público sobre a questão, com a participação ativa da população, bem como a criação de um conselho municipal sobre saneamento para garantir que as decisões reflitam as necessidades da comunidade.

É fundamental, também, que políticas públicas sejam implementadas para conservar nossas áreas verdes e expandir a rede de captação e tratamento de esgoto. Medidas como essas podem ajudar a garantir a segurança hídrica no longo prazo. Neste momento desafiador, nossa solidariedade se estende às famílias que enfrentam os impactos mais graves dessa falta de água. Compreendemos as dificuldades que estão passando, especialmente aqueles que residem em áreas de vulnerabilidade social, bem como os idosos, doentes crônicos, pessoas acamadas, bebês e crianças.

O Partido dos Trabalhadores reitera seu compromisso com a luta por serviços públicos de qualidade, pela preservação de nossos recursos naturais e pelo acesso universal à água. Estamos aqui para defender os interesses de nossa comunidade e trabalhar para garantir um futuro melhor para todos os moradores de Pedro Leopoldo.

 

Bianca Alves

Criadora e editora do projeto AQUI PL, é formada em Comunicação Social pela UFMG e trabalhou em publicações como os jornais O Tempo, Pampulha, O Globo; revistas Isto é, Fato Relevante, Sebrae, Mercado Comum e site Os Novos Inconfidentes

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