Senado presta homenagem a Chico Xavier

Senado presta homenagem a Chico Xavier

(Foto Jefferson Rudy/Agência Senado)

O Senado celebrou a memória de Francisco Cândido Xavier, o médium Chico Xavier, por meio de uma sessão especial nesta sexta-feira (11/2). A homenagem, proposta pelo senador Eduardo Girão (Podemos-CE), contou com a participação de vários representantes da doutrina espírita.

O parlamentar abriu a sessão relatando que Francisco Cândido Xavier nasceu em uma família com nove filhos de um vendedor de bilhete de loteria e de uma lavadeira, ambos analfabetos, na cidade mineira de Pedro Leopoldo, em 1910. Órfão de mãe, aos cinco anos foi entregue à madrinha, que não o tratava bem, e com muito sacrifício conseguiu completar o curso primário.

Eduardo Girão narrou que, aos 22 anos, caixeiro de um pequeno armazém, Chico publicou a primeira edição do Parnaso de Além-Túmulo, coletânea de poemas psicografados que fez sensação nos círculos literários brasileiros e o tornou conhecido nacionalmente.

— Começava aí sua história de vida pública. Ao Parnaso, seguiram-se mais de 400 livros, que venderam mais de 50 milhões de exemplares. Mas Chico Xavier viveu no mundo sem ser do mundo. O médium era, sobretudo, um filantropo. Embora viesse a se tornar o escritor brasileiro de maior sucesso comercial da história, ele cedeu integralmente os direitos autorais de suas obras para instituições de caridade espalhadas por todo o nosso país — destacou.

Missionário e homem de bem

O presidente da Federação Espírita do Distrito Federal, Paulo Maia Costa, afirmou que, como missionário, Chico Xavier extrapolou a esfera do espiritismo e, por isso, teve de enfrentar resistências e dificuldades ao longo de sua jornada.

— Foi um homem de bem realmente, um missionário. E como todo grande missionário, enfrentou a indiferença, o descrédito, a mentira e diversos desafios. Nunca, na sua biografia, que tantos escreveram, tentou revidar ou revidou os ataques às feridas que abriram para ele. E a resposta sempre foi a da outra face, a do silêncio, a do amor, a da caridade — avaliou.

A vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, Marta Antunes Moura, disse que conheceu o líder espírita quando era criança e o admira sobretudo por ser um homem de bem.

— Chico Xavier, que está no meu coração, no coração da minha família e de muitos amigos, não é só aquele ser de dom psíquico acima do comum. Como inúmeras criaturas, inúmeros representantes do nosso planeta que trazem um dom na área da ciência, na área da tecnologia, na área da filosofia, na área das artes, nós realmente admiramos o Chico profundamente, sobretudo por ser um homem de bem. É o que fica. Aquela criatura amorosa, sincera, de um raciocínio muito lúcido, que nós jamais esqueceremos.

Novo ciclo

Ao lembrar que Chico Xavier deixou o mundo terreno aos 92 anos, em 2002, o jornalista e diretor de cinema Marcel Souto Maior disse que morte é uma palavra que não combina nada com o homenageado.

— Ele deixou o corpo físico para trás, ali em Uberaba [MG], para dar início a um novo ciclo na sua trajetória, em outro plano, em outra dimensão. E para quem não acredita e põe em dúvida a sobrevivência dos espíritos, como alguns dos muitos amigos céticos que eu tenho? Dá para a gente falar em morte? E aí eu posso dizer a vocês: com absoluta convicção, não, não dá para falar em morte — refletiu.

Para o presidente da Comunhão Espírita de Brasília, Adilson Mariz de Moraes, a doutrina espírita é bem clara, mas há dificuldade de compreensão por muitas pessoas. O líder médium veio justamente para jogar luz e abrir novos caminhos.

— Ele surge como uma brisa suave a soprar sobre as letras que o nosso querido codificador trouxe, levando com mais claridade o entendimento da doutrina dos espíritos para todos. Então ele vem e faz um trabalho suave, tranquilo e espalha o amor que essa doutrina possui, e isso se solidifica dentro de cada um de nós. É importante entendermos a doutrina, mas mais ainda vivenciá-la — opinou.

Fonte: Agência Senado

 

Redação

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