Uma outra cidade é possível

Uma outra cidade é possível

Há algumas semanas tive o privilégio de acompanhar a minha filha mais nova em uma das várias competições do Jempel, aqui em Pedro Leopoldo. Voltei a ser criança ao entrar no velho e bom Ceppel e ver a meninada das várias escolas da cidade interagindo. Sim, o clima era de disputa e competição, mas foi muito bacana verificar os (as) alunos (as) da rede pública e privada desfrutando da beleza que é a diversidade cultural do nosso país e do nosso município.

Ricos e pobres do centro, dos bairros e dos distritos. Região sul e região norte. Negros (as) e brancos (as). Juntos. Não há melhor forma de aprender a respeitar o próximo, de adquirir empatia e de saber competir, ganhar, perder e colaborar, do que diante da pluralidade. É ela a principal construtora de um bom adulto – um ser humano com reais atributos de assim ser chamado.

A melhor educação possível e, consequentemente, a melhor forma de se construir uma sociedade minimamente civilizada é através da pluralidade. São as diferenças que trazem o respeito e a tolerância pela diversidade e aqui, em Pedro Leopoldo, não há lugar melhor para este tipo de aprendizado do que o Ceppel. Ele não é o único. Temos as escolas, as bibliotecas e as praças. Temos as corporações musicais. Agora mesmo, a minha amiga Bianca Alves lançou a extraordinária ideia de criarmos a “Academia da Estação”, em que alunos (as) do município trocariam conhecimentos ao ar livre com professores e personalidades das mais diversas áreas. Sensacional!

Fico imaginando como seria interessante as nossas crianças conversando, em um sábado pela manhã, na Praça da Estação. Trocando experiências com gente vivida e bacana nas mais diversas áreas. Aprendendo e ensinando, com prazer, a história e a geografia da cidade. A biologia do meio ambiente em que estamos inseridos e o despertar da consciência de como somos detentores de direitos e deveres – individuais e coletivos

E, ao final, termos a apresentação de um (a) artista local. De uma Luiza Moreira, por exemplo, executando clássicos no seu piano – Luíza que, aliás, se apresentará neste sábado, dia 26, às 14: horas no Cine Marajá. Poderia ser também um Gleison Túlio com a sua guitarra – que se apresenta no domingo no estacionamento da Prefeitura – ou ainda a Corporação Musical Cachoeira Grande. Aulas de pintura e artes com o grande Márcio Barbosa! Não é para sonhar? Custa alguma coisa?

Da mesma forma imagino o Ceppel, remodelado e devidamente reformado, sem goteiras na quadra, com piscina, pista de atletismo, estádio de futebol, quadras e muitos, muitos jogos e competições. Mas, principalmente, como local de formação de grandes cidadãos e cidadãs. Gente boa, tranquila, com acesso ao conhecimento e à diversidade de pensamentos e ideias. Isso é política pública. Isso é inclusão social. É a formação e a construção de uma verdadeira vida em comunidade.

O centenário de Pedro Leopoldo está aí. A Praça da Estação também. Junto com eles, milhares de crianças querendo e almejando a felicidade. Tá faltando a gente entrar com a nossa parte. Simples de resolver, pois basta um pouquinho só de vontade. Sair da letargia, levantar a poeira e trabalharmos pelo futuro que almejamos. Um bom futuro. Com o Ceppel, com o Jempel, com a estação e com todo mundo. “Bora” começarmos!

 

Matheus Borges

Matheus Campos Borges, Servidor Público Estadual, graduado em Jornalismo e Direito com especialização em Direito Civil e Processo Civil.

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